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A doença

Reportagem do "Mail Online" revela caos na saúde britânica, com longas esperas em ambulâncias. O que isso nos ensina sobre a realidade brasileira?


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Imagem ilustrativa da imagem A doença
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo

Dia desses, lendo o jornal “Mail Online”, lá do Reino Unido, encontrei uma longa e contundente reportagem sobre o suplício imposto aos pacientes dos hospitais daquele país. Transcreverei, a seguir, em tradução livre, os trechos mais importantes.

Começo pela chamada de capa: “Estado chocante da saúde: meio milhão de pacientes foram forçados a aguardar 30 minutos em macas até serem itidos”.

Estas macas, segundo constatou a reportagem, ficaram nas ambulâncias ou até mesmo pelos corredores.

E prossegue a notícia: “Centenas tiveram que esperar mais de duas horas. Pelo regulamento, os pacientes devem ser itidos dentro de 15 minutos a contar da chegada ao hospital”.

Seria este quadro algo às áreas mais pobres do país? Não: “Em Londres, uma das áreas mais afetadas, o serviço de ambulâncias revelou que 42.248 pacientes esperaram do lado de fora dos hospitais por mais de 30 minutos, durante o ano de 2011, e 10.053 tiveram que aguardar mais de 45 minutos”.

Em seguida, o jornal denuncia o caso de Reg Storer, um ancião conduzido ao setor de emergências de um hospital público: “Um idoso foi deixado em uma ambulância, ao longo de três horas, porque a equipe médica estava muito ocupada para dar-lhe tratamento. Reg Storer foi levado ao Hospital Morriston por conta de complicações seguidas a um derrame. Lá, porém, os médicos não puderam conduzi-lo para dentro porque não havia leitos disponíveis nem espaço nos corredores para as macas”.

Diante de tal descalabro, chamou-me a atenção o comportamento da istração do hospital: “Pedimos desculpas. Nossa equipe trabalhará de forma excepcionalmente dedicada a fim de que fatos assim não voltem a acontecer”.

O governo daquele país foi chamado às falas. Assim, um representante do Departamento de Saúde declarou, de forma absolutamente humilde, que “toda pessoa tem que ser prontamente atendida quando chegar a um hospital, principalmente se lá chegar conduzida por uma ambulância. É inaceitável que pacientes sejam deixados esperando do lado de fora”.

Seria este quadro dramático decorrente de algum eventual aumento no número de doentes? Não: “Houve uma elevação de apenas 6% no número de atendimentos feitos por ambulâncias, o que indica que o problema não pode ser atribuído simploriamente ao fato de existirem mais pacientes”.

Quanto ao mais, a reportagem traz uma séria advertência: “As longas esperas são ruins para os pacientes e para as equipes das ambulâncias, que ficam retidas nas portas dos hospitais e, portanto, indisponíveis para novos atendimentos”.

Logo abaixo dessa notícia havia um espaço para comentários dos leitores. Chamou-me a atenção uma manifestação em especial, de um cidadão que se identificou como “Kenny”, morador da cidade de Kent: “Bem-vindo ao Terceiro Mundo, Reino Unido”.

Que tal pensarmos sobre essa reportagem, enquanto habitantes de um país infinitamente mais rico que o Reino Unido? Afinal, como exclamou Francisco Carlos de Holanda, “cego é aquele que olha e não vê o cego na sarjeta”.

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