Xadrez
Principal impulsionador no Congresso do adiamento das eleições, Davi Alcolumbre (DEM-AP) avisou colegas que deve colocar para votar o tema na terça-feira e virou alvo de críticas.
Líderes do Centrão contrários à iniciativa veem no movimento uma tentativa do senador de cativar o ministro do STF Luís Roberto Barroso, presidente do TSE. Segundo relatos, Alcolumbre avalia recorrer ao Supremo para conseguir sua reeleição e diz acreditar ser possível conquistar sete votos favoráveis na Corte.
Aliados
Com a política da boa vizinhança, o presidente do Senado também mira os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, que integram o TSE.
Um a Um
Senadores afirmam que Alcolumbre intensificou a conversa individual com parlamentares nos últimos dias, em busca de apoio à recondução. Ainda assim, mesmo entre aliados, a tramitação de uma emenda constitucional permitindo a reeleição é considerada difícil.
Tentativa
Caminho alternativo, a tese no STF é a de que, para equiparar com as condições da Câmara, em que o presidente pode ficar no cargo por dois anos (meio mandato), senadores deveriam ter direito a quatro anos - o mandato no Senado é de oito anos.
Estratégia
O DEM quer garantir a presidência de pelo menos uma das duas Casas em 2021. A aposta número um é Davi, mas Elmar Nascimento (DEM-BA) promoveu jantares com setores da esquerda, na última semana em Brasília, para angariar apoio na Câmara.
Contratação
Nomeada como diretora de programa do Ministério da Saúde, na última segunda, Andressa Bolzan Degaut diz que foi “boi de piranha” no caso que levou ao seu afastamento da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em julho do ano ado.
Ligação
Ela e outros 21 servidores foram exonerados pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) quando veio à tona denúncia de fraude em uma licitação da Secretaria de Saúde. Andressa era chefe de gabinete do secretário Osnei Okumoto.
Nada com isso
“Foi boi de piranha. Eu era um cargo alto na secretaria, tinha que desviar o foco e coloca a chefe de gabinete, que é um cargo alto, para desviar o foco”, diz Andressa. A justificativa levantada na época, pelo governo do Distrito Federal, era que Andressa não anulou a licitação, como disse ter determinado o governador.
Ok
No relatório do inquérito eleitoral envolvendo Flávio Bolsonaro, o delegado da Polícia Federal Erick Blatt afirmou à Justiça que “a renda do investigado na época (2014) era compatível com os bens declarados e que não houve evolução patrimonial significativa entre 2012 e 2014.”
Oposto
A conclusão vai na contramão das suspeitas do Ministério Público do Rio, no caso da rachadinha. No período citado, promotores afirmam ter indícios de que Flávio pagou em dinheiro vivo de forma ilegal R$ 638,400 na compra de dois imóveis.
Ação
Para dizer que não houve evolução patrimonial e que a renda era compatível, Blatt fez apenas duas diligências básicas: tomou o depoimento do senador e analisou seu Imposto de Renda.
Gaveta
No inquérito, a PF livrou Flávio dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, como mostrou a Folha de São Paulo em fevereiro. Blatt disse no relatório não ter investigado lavagem por questão jurídica, de não ter existido crime antecedente apto a produzir receita.
Retorno
Entre março e maio, o estado de Minas Gerais efetuou 13.939 novas prisões, sendo que 186 pessoas pertenciam ao grupo de liberados em razão da pandemia do novo coronavírus, ou seja, 2,2% do total.
Números
O levantamento é do Conselho Nacional de Justiça. Segundo os dados, a taxa é menor do que a computada em tempos normais, que é de 42% em todo o Brasil. Alagoas, Ceará e Rio Grande do Sul também registraram números mais baixos de detenções de pessoas que cumpriam regime domiciliar: 0,2%, 1,8% e 1,1%, respectivamente.
Alvo
O Psol acionou a Procuradoria do Distrito Federal para que instaure procedimento sobre Jorge Oliveira (Secretaria-Geral). O partido lista 17 pedidos via Lei de o que foram ignorados ou respondidos evasivamente pela pasta do ministro.
Tiroteio
“Chegou a hora de o senador Flávio mostrar ao povo como enriqueceu com o salário de deputado estadual do Rio de Janeiro.” De Enio Verri (PT-PR), deputado federal, sobre a acusação de que Fabrício Queiroz pagou despesas do filho do Presidente.