Estudante de Vitória vence etapa de concurso de cartas
Em seu texto, Carolina Bicalho, de 14 anos, imaginou como seria um eventual pedido de ajuda da Terra à lua por causa da poluição
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É com um texto que sugere como seria um eventual pedido de ajuda da Terra à lua, por estar doente em virtude da poluição, que a estudante Carolina Bicalho Moreira Vieira, 14 anos, que cursa o 9º ano na Escola SEB, em Vitória, conquistou o primeiro lugar na etapa estadual do 54º Concurso Internacional de Redação de Cartas, promovido pelos Correios no Brasil.
“Querida lua, minha eterna companheira de marés”, começa o texto, já invocando a relação entre o nosso planeta e seu satélite natural. A partir daí, a estudante propõe uma reflexão sobre como a humanidade está usando os recursos naturais, causando poluição e deixando o nosso planeta doente.
“Imaginei quando se vê um oceano e como se deve cuidar dele. 'Mandei' a carta para a lua, que tem grande relação com as marés, e quis personificar o oceano. Temos muitos recursos para fazer a preservação, mas queria que as pessoas refletissem”, afirma.
O Concurso Internacional de Redação de Cartas para Jovens é promovido todo ano pela União Postal Universal (UPU), sediada em Berna, na Suíça, com o objetivo de fomentar a escrita e a alfabetização pela arte de escrever cartas.
Também incentiva a expressão da criatividade e o desenvolvimento dos conhecimentos linguísticos de crianças e adolescentes. Participam do concurso estudantes de até 15 anos, previamente selecionados nas etapas nacionais.
O diretor-geral da Escola SEB Vitória, Vander Euber Barbato, destaca que a instituição tem como objetivo principal, em seu projeto pedagógico desenvolver a alta eficiência acadêmica, garantindo excelentes resultados, a exemplo de Carolina Bicalho, que ficou em primeiro lugar, e de Maria Clara Martins Villela, vice-campeã da etapa estadual do concurso.
“Nos preocupamos com a formação da consciência crítica, construindo cidadãos conscientes de seu papel na resolução dos desafios e transformação do mundo em que vivemos”, observa.
Segundo o diretor, diversos projetos pedagógicos atuam nessa perspectiva. Entre os projetos citados por Vander está o Simulação da ONU, que desenvolve a capacidade de resolução de conflitos globais por meio das relações diplomáticas, e o Hackathon, que buscar desenvolver a inovação e o empreendedorismo voltado para causas socioambientais.
Saiba Mais
Concurso possui quatro etapas
Etapas
No Brasil, a realização do concurso fica a cargo dos Correios, e é desenvolvido em três fases: escolar, estadual e nacional. A quarta etapa — fase internacional — fica a cargo da União Postal Universal (UPU).
A participação se dá por meio das escolas (rede pública e privada), que selecionam, entre as redações de seus alunos, até duas melhores cartas para representá-las.
A melhor redação de cada estado segue para a fase nacional, onde serão escolhidas as 3 melhores cartas.
A primeira colocada irá representar o Brasil na fase internacional.
O Brasil é o segundo país mais bem colocado, atrás apenas da China.
Concurso
as estudantes Carolina Bicalho, campeã, e Maria Clara Martins Villela, vice-campeã da etapa estadual, são alunas da Escola SEB Vitória.
A redação vencedora tem o tema “Onde a vida se sustenta”.
O texto sugere como seria um pedido de ajuda da Terra à lua, por estar doente em virtude da poluição.
Projetos pedagógicos
O diretor-geral da Escola SEB Vitória, Vander Euber Barbato, destaca que a escola tem o objetivo principal, em seu projeto pedagógico, desenvolver a alta eficiência acadêmica.
Diversos projetos pedagógicos atuam para formar a consciência crítica dos alunos, segundo o diretor.
Entre eles está o Simulação da ONU, que desenvolve a capacidade de resolução de conflitos globais por meio das relações diplomáticas.
Outro projeto é o Hackathon, que buscar desenvolver a inovação e o empreendedorismo voltado para causas socioambientais.
O que a educação fez por mim
"Uma escolha de vida”
Tenho origem humilde e sempre vi a educação como a única forma de conquistar uma condição melhor para mim e minha família.
Minha mãe me apoiou muito nos estudos, mas, desde o Ensino Fundamental II, precisei também trabalhar para ajudar nas contas de casa. Quando estava na 6ª série, tive aula de Geografia com a professora Maria Lúcia Dezan, e decidi que também seria professor da disciplina.
Prestei vestibular em 1993 e ingressei no curso de Geografia da Ufes, onde também fiz a especialização em História e Literatura do Espírito Santo.
Também fiz mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local na Emescam.
Em 2025, minha história como professor completa 30 anos, 25 deles no Centro Educacional Leonardo da Vinci.
Desde 2012, atuo também como coordenador pedagógico. Trabalhar com adolescentes e jovens requer muita responsabilidade, mas também proporciona uma aprendizagem constante.
Um dia em uma escola nunca é igual ao outro. Ser educador é uma escolha de vida, não só de profissão”.

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